domingo, 8 de dezembro de 2024

Sobre a situação na Síria * Guerra Russo-Ucraniana

Sobre a situação na Síria
Guerra Russo-Ucraniana
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NOTA DO PCTB

A Síria possui importância estratégica na região. Desde 2011, na época da Primavera Árabe, o imperialismo, a Turquia e Israel pretendem derrubar Assad e trocá-lo por um títere, ou, fraturar o Estado nacional sírio, como fizeram na Líbia ao eliminar Kadaff.

  O governo Assad é nacionalista, possui importante fricção contra o imperialismo e não permite o saque aberto do seu país por parte das multinacionais. Por outro lado, Assad é um inimigo visceral de Israel e dos regimes servis ao sionismo/imperialismo no Oriente Médio, como os da Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes, etc. Além disso e muito importante, o governo nacionalista sírio possui importante aliança com a Rússia e Irã, também, é peça fundamental no financiamento e organização do Eixo da Resistência e da luta palestina contra o sionismo. Assad é essencial para a sobrevivência do Hezbolah.

 A estratégia imperialista/sionista é intensificar o caos na Síria; recrudescer a guerra híbrida multifacetada contra o país, manobrando inclusive as contradições internas da sociedade siria. A jogada final é derrubar Assad e, consequentemente, isolar e enfraquecer o Irã, além de golpear de forma avassaladora o Hezbolah e o conjunto da resistência anti-sionista. Se Assad cair, significa uma vitória considerável para as posições de Israel na região, porque além de derrubar um importante inimigo histórico, que é o governo sírio, também consegue por tabela duro golpe no Irã, o maior obstáculo contra Israel no Oriente Médio. Já o imperialismo conseguiria, se Assad cai, enfraquecer as posições da Rússia na região e daí, teria condições favoráveis para avançar seu projeto de reconfiguração geopolítica em toda aquela região, além de fortalecer sobremaneira Israel e suas posições. Portanto, a queda de Assad seria trágica para os povos de todo o mundo.

A Síria está sitiada há quase 14 anos, desde a chamada primavera árabe. O país se viu arrastado por uma tormenta de guerras em seu solo, junto de sanções e bloqueios econômicos, somado a desestabilização permanente arquitetado pelo sistema de dominação imperialista e seu filhote sionista. O exército sírio está desgastado, o país carece de um sistema moderno e potente de defesa aérea e a economia nacional encontra-se exaurida. Nessas condições havia pouco o que o governo Assad pudesse fazer. Sem o apoio decidido de seus aliados como Rússia e Irã, a Síria não teria condições de enfrentar as forças imperialistas e o sionismo, isso estava além de suas condições materiais.

A tática imperialista na atual quadra histórica é balcanizar e dividir países, manobrando em seu favor os conflitos étnicos, religiosos e culturais dentro das nações alvos. Isso facilita o completo saque do país.
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"Com a fuga de Assad do país e o HTS ganhando o controle das instituições do governo sírio, não se sabe ainda como eles procurarão governar.

Há dúvidas sobre qual o perfil de governo o HTS assumirá, uma vez que possuia uma filiação ao ISIL e à Al-Qaeda. Assumirão eles uma postura semelhante ao do Talibã no Afeganistão, islamista e conservador?

O fato é que a queda do regime de Assad constitui uma perda catastrófica para o Irã, e coloca a política russa para o oriente médio em cheque, depois de uma década de apoio militar intensivo ao regime de Damasco. O destino das bases russas na Síria é incerto a esta altura, mas uma evacuação já deva estar em curso neste momento.
O governo russo ainda não se pronunciou, mas há relatos de que Assad estaria em Moscou. A declaração do Primeiro-Ministro Sírio, Mahammed al-Jalali, de que estaria com as mãos estendidas para os rebeldes e que colaboraria com uma transição de poder ainda precisa ser melhor analisada, mas a esta altura parece fazer parte de um acordo prévio entre membros dissidentes do regime Assad e os rebeldes.

Outro fato que não se deve desprezar é que a plataforma do HTS ainda está voltada para criar um califado no Levante.

Só para lembrar, HTS significa Hay'at Tahrir al-Sham, e em português, Organização pela Libertação do Levante…

Damasco seria uma excepcional capital para um novo e poderoso Califado….

Pentagono manterá suas bases na Síria, após a queda do regime de Bashar El-Assad. Mas e depois?

No mapa, as 5 bases das Forças dos EUA em território sírio. O golpe final contra a capital Damasco foi desfechado exatamente a partir da Base de Al-Tanf, como também podemos observar nos mapas.

Entretanto, o jogo é complexo: já relatos de que o HTS estaria atacando as forças curdas apoiadas pelos EUA no norte do país, movimento certamente apoiado pela Turquia.

A Aliança dos EUA com as Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos tem sido um ponto crítico nas relações dos EUA com a turquia, um membro da OTAN.

A Turquia considera o grupo, que controla uma grande faixa do nordeste da Síria ao longo da fronteira turca, um desdobramento de uma rede curda maior considerada uma organização terrorista.

Inspirados por seu sucesso em Aleppo, alguns insurgentes Árabes apoiados pela Turquia aproveitaram o impulso para assumir o controle de uma faixa da região controlada pelos curdos e aldeias vizinhas.

Esse ganho poderia levar a Turquia a lidar de forma mais decisiva contra os curdos, o que representaria um dilema para os EUA.

Normalmente, os EUA se mantiveram fora dos confrontos entre as FDS e outros grupos, como o Exército Nacional Sírio, que é apoiado pela Turquia.

Os EUA também podem vir a sofrer ataques contra suas tropas na Síria, caso o HTS se fortaleça.

O fato é que o quebra-cabeças sírio é complexo. Há um grande número de forças na síria, e que estão em conflito umas com as outras, e os combates são muito móveis e fluidos.

colaboração: Nilton Junior-PR"

CAE SIRIA EN MANOS DE LOS TERRORISTAS PATROCINADOS POR OCIDENTE
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